Livro 37: Josefina – Desejo, ambição, Napoleão – Kate Williamns

Todos já ouvimos falar de Napoleão Bonaparte. O soldado corso, baixinho, feio estressado e leonino (no pior que existe do signo) que conquistou a França (e grande parte da Europa) pós-revolução. Mas o que sabemos de sua esposa, Josefina? Nada. Ou apenas esse “título” que a muitas mulheres importantes é relegado – ela era mulher do imperador Napoleão.

Esse conhecimento raso sobre uma figura histórica feminina é mais do que instigante para mim. Por isso, assim que vi Josefina nas prateleiras da LeYa na Bienal, tive que trazê-lo para o blog!

JosePHYNA em sua coroação (o sorriso "misterioso" era graças aos dentinhos podres mesmo. Muito açúcar faz REALMENTE mal aos dentes, crianças!)

JosePHYNA em sua coroação (o sorriso “misterioso” era graças aos dentinhos podres mesmo. Muito açúcar faz REALMENTE mal aos dentes, crianças!)

Confesso: Biografias de mulheres poderosas estão entre minhas maiores preferências literárias.

Conhecer a fundo suas vidas, sua origem, ascensão, queda, suas emoções mais humanas (e até mesquinhas) é, para mim, uma reflexão poderosa: De que maneira, nas mais diferentes épocas, a figura feminina sobressai ao machismo.

E mais: como tantos nomes, que ficam à sombra masculina quando estudamos a História mundial, foram vitais para o desenrolar dos fatos.

Com Josefina esse prazer na descoberta foi ainda mais profundo. Kate Willians faz a gente ser a “jovem crioula da Martinica”, viúva empobrecida da Revolução Francesa, amante e endividada, que se tornou imperatriz! Nós sofremos com ela, torcemos por ela!

Aqui cabe um parêntese para uma aquisição linguística: Quando peguei para olhar a capa do livro, fiquei me perguntando por que Josefina era chamada de ‘Crioula’, se era extremamente branca? Olha a minha ignorância kkkkk Crioula era o termo (pejorativo) usado pelos franceses para designar os nativos da Martinica.

Voltemos à história…

Desde as primeiras páginas, a vida de Marie Josèphe Rose Tascher de la Pagerie  é contada de maneira a contextualizar com o momento histórico vivido pela França. Porém, diferente de suas antecessoras no ‘trono’ francês, o destino não parecia muito promissor para a jovem nascida numa ilha, de família empobrecida, abandonada pelo marido aristocrata (e grandessíssimo filho da puta!).

Você vai pensar… que saco de leitura, hein? JAMÉ, kiridos!

A protagonista pode até ser uma boboca, esquisitinha, canceriana chorona no começo, profundamente humilhada pelo esposo que foi seu primeiro amor…

Deveria existir Facebook no séc. XVIII para a Josefina aprender a não se iludir kkkkkk

Deveria existir Facebook no séc. XVIII para a Josefina aprender a não se iludir kkkkkk

Maaaaas depois que ela tem seus filhos – Hortense e Eugene – vai presa durante o período do Terror da Revolução Francesa, fica viúva e quase perde a cabeça na Guilhotina, é que a história começa a ficar boa…

Assim que Robespierre morre no lindo e magnânimo dia 28 de julho de 1794,

(…) Josefina sobrevive ao cativeiro e emerge como figura central de um universo de festas profundamente mundanas. Inebriante, promíscua e encantadora, dominou os jornais e surpreendeu o mundo ao encorajar os avanços de um soldado corso e marginalizado, seis anos mais novo do que ela. Josefina foi a famosa anfitriã e exímia diplomata, a consorte perfeita para o ambicioso Napoleão que se tornou Imperador Supremo.

Enquanto seu romance com Napoleão evoluía, nossa protagonista usou de toda a sua recém-adquirida condição de “queridinha da revolução” para conseguir absolutamente TUDO que desejava  – riquezas, prestígio, favores, politicagens…

Se quer saber, a inteligência militar de Bonaparte não seria NADA sem a sutileza das conquistas internas de Josefina. Era ela quem “assoprava” quando ele “mordia”.

Enquanto o leonino conquistava vitórias nas batalhas, pilhava, invadia e exercia sua autoridade de maneira quase ditatorial,a canceriana recepcionava com maestria as autoridades, adulava, presenteava, convencia…

E esse é um dos pontos mais interessantes do livro: o relacionamento entre o Imperador e a primeira Imperatriz.

Ele era maluco de pedra. Workaholic. E ela era a ÚNICA pessoa que o entendia de verdade (e aceitava).

Ele era maluco de pedra. Workaholic. E ela era a ÚNICA pessoa que o entendia de verdade (e aceitava).

O conquistador temido era, pelo que eu entendi, quase um insano! Leonino até o último dos poucos cabelos que tinha, Napoleão primeiro idolatrou Josefina, até conquistá-la. Em sua campanha pelo Egito ele escrevia cartas cheias de arroubos apaixonadérrimos. Uma melação só. E ela nem aí.

Mesmo assim ele ordenava que ela lhe escrevesse! hahaha bem tipo essa cartinha aí de cima.

Mesmo assim ele ordenava que ela lhe escrevesse! hahaha bem tipo essa cartinha aí de cima.

Na sequência eles acabam se entendendo, em um casamento “entre tapas e beijos” onde ele tinha rompantes de fúria e ela chorava implorando para fazer as pazes.

Josefina comprava tudo que via pela frente, uma exemplar mecenas, apaixonada por botânica, “Delírios de Consumo de Becky Bloom” TOTAL! Isso sem contar que tinha alguns amantes. Somadas as duas coisas, só restava a ela chorar desesperada suplicando o perdão do marido (e que ele pagasse a conta, claro!)

Até mesmo com o marido, ela adulava, chorava, se descabelava. E sempre conseguia que suas vontades fossem atendidas. Ahhh canceriana fdp! kkkk

Até mesmo com o marido, ela adulava, chorava, se descabelava. E sempre conseguia que suas vontades fossem atendidas. Ahhh canceriana fdp! kkkk

Por outro lado, Napoleão era masoquista. Gostava de ver a esposa às lágrimas em demonstrações que, para ele, significavam total submissão. HA! Como se a gente não estivesse careca de saber que muitas mulheres (até hoje, no caso) usam desse ar de “fragilidade” para exercer poder através dos homens.

Enquanto eles se julgam poderosos são, na verdade, marionetes.

Durante ANOS o casal se desentendeu e se entendeu – para ódio profundo de toda a família Bonaparte – enquanto a carreira militar e política de Napoleão decolava. Aliás… ele mesmo acreditava que Josefina era sua estrela da sorte.

Porém, à medida que o Imperador francês ficava cada vez mais famoso e poderoso, a obsessão por um herdeiro também foi crescendo. E a coleção de amantes mais ainda.

Foi aí que virou o jogo... Ele rodeado de mulheres e ela louca para ter sua atenção.

Foi aí que virou o jogo… Ele rodeado de mulheres e ela louca para ter sua atenção.

Estéril graças aos seu tempo insalubre na prisão, e aos métodos contraceptivos que usou enquanto foi amante do General Barras, Josefina era incapaz de conceber o tão sonhado filho. E isso quase custou sua coroação.

Mas é aí que o livro todo vale a pena! A jogada LYNDA que ela prepara para garantir o título de imperatriz e sambar na cara dazinimiga dá orgulho! Apesar de seu divórcio e queda posterior, seguidos pela derrocada de Napoleão e do império em si, a inteligência e até mesmo a falta de escrúpulos dessa mulher fazem a gente compreender (e em certo ponto admirar) os recursos de sobrevivência e escalada sócio-política da mulher em um mundo essencialmente masculino.

Coroação de Napoleão e Josefina - Jacques Louis David. Mostra lindamente o teor do livro (e dos personagens): Napoleão, como bom leonino, organiza milimetricamente a cerimônia, está mais chamativo que um pavão e, na hora H, pega a coroa das mãos do Papa e coloca na própria cabeça ( tipo: "foda-se! Sou eu que mando nessa merda toda!"). Em seguida ele coroa uma Josefina que, como boa canceriana, ajoelha-se demonstrando uma submissão que está LOOOONGE de ser verdadeira hahaha Ela chora e ganha ele, minha gente! Ali atrás tem Letizia Bonaparte (mãe do imperador) e o restante da família, muito putos de suas vidas tendo que bater palminha para a cunhada/nora que eles ODIAVAM!

Coroação de Napoleão e Josefina – Jacques Louis David. Mostra lindamente o teor do livro (e dos personagens): Napoleão, como bom leonino, organiza milimetricamente a cerimônia, está mais chamativo que um pavão e, na hora H, pega a coroa das mãos do Papa e coloca na própria cabeça ( tipo: “foda-se! Sou eu que mando nessa merda toda!”). Em seguida ele coroa uma Josefina que, como boa canceriana, ajoelha-se demonstrando uma submissão que está LOOOONGE de ser verdadeira hahaha Ela chora e ganha ele, minha gente! Ali atrás tem Letizia Bonaparte (mãe do imperador) e o restante da família, muito putos de suas vidas tendo que bater palminha para a cunhada/nora que eles ODIAVAM! E o Papa ali, coitado… totalmente ignorado. kkkk

Obra de mestre, Josefina! Indico DE-MAIS!

Livro 36: Princesa Adormecida – Paula Pimenta

Por aqui tem sido assim… um livro “denso”, seguido de um livro “light”. E ‘Princesa Adormecida‘ é aquele estilo romântico, levinho, uma graça (bem característico dos livros da Paula Pimenta)!

Minha Aurorinha também curtiu a escolha do livro ^^

Minha Aurorinha também curtiu a escolha do livro ^^

Exatamente como ‘Cinderela Pop’, que já foi resenhado aqui no blog, ele é uma releitura super fofa, abrasileirada e moderna de conto de fadas. Aqui, como o próprio nome deixa óbvio, a adaptação é de ‘A Bela Adormecida’, mas a ordem dos fatores é um pouco alterada – o que eu achei bem legal…

A história já começa DEPOIS que Anna Rosa (ou Áurea Roseanna Bellora), nossa protagonista, acorda do coma. Isso mesmo… o ‘sono de 100 anos’ da maldição foi muito bem transportado para a realidade na forma de coma, causado por um choque anafilático que a personagem sofre após ser propositalmente atacada por um enxame de abelhas (a ‘princesa’ é alérgica).

E aí vem um flash back literário (não sei vocês, mas eu a-do-ro essa forma de narrativa)…

“Imagina acordar um dia e descobrir que o mundo que você achava que era real, nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado, e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi parar o amor da sua vida”.

Tudo começa há alguns anos quando a mãe de Anna Rosa vai fazer um curso de culinária na França e sua “amiga” Marie Malleville (sentiu a sonoridade do nome? Fica de olho!) a apresenta para Stefan (também remetendo ao conto original – rei Estevão). Eles logo se apaixonam, o que irrita PROFUNDAMENTE Malleville, já que ela é apaixonada por Stefan.

Passa-se um tempinho e Stefan e Doroteia engravidam/casam e os pais da moça também vão para o pequeno reino de Liechtenstein, deixando os outros filhos – Florindo, Fausto e Petrônio (outra sonoridade familiar) morando no Brasil.

Florindo/Flora, Fausto/Fauna e Petrônio/Primavera <3

Florindo/Flora, Fausto/Fauna e Petrônio/Primavera ❤

É no casamento/batizado dos nobres e de Anna Rosa que Marie Malleville faz a primeira investida contra a felicidade da família, tentando sequestrar a bebê. Assim como no filme ela não é convidada para o evento (óbvio) e, no fim das contas, consegue escapar da polícia e desaparecer.

Que terrível situação! xP

Que terrível situação! xP

Com medo da filha sofrer e até mesmo morrer nas mãos da ‘bruxa’, Stefan e Doroteia enviam a menina para viver com os tios maternos no Rio de Janeiro, acreditando ser orfã de pai e mãe.

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A menina cresce feliz, recebendo carinho e ensinamentos de música, moda e literatura (assim como os dons dados a Aurora, da Disney, no berço). Quando ela chega à adolescência, passa a estudar num colégio interno e conhece amigas, mas se sente bastante sozinha e vigiada constantemente pelos tios, sem entender muito bem o motivo de tanta preocupação.

Mais uma vez como no desenho, é no dia de seu 16º aniversário que as coisas mudam de figura… Ela acaba cedendo à pressão das amigas de colégio e vai a uma festa (nessa parte achei super legal, porque ela conhece a DJ Cinderella, do outro livro. Amo também quando tem esse cross de personagens do mesmo autor).

Lá, mal sabe Anna Rosa, que o seu grande amor  – Phil – a vê e se apaixona, esquecendo de seu “compromisso” assumido na infância com a princesa Áurea.

Tá achando igualzinho ao filme? Pois tenta imaginar essa cena aqui via Whats App:

"Foi você o sonho bonito que eu sonheeeei" <3

“Foi você o sonho bonito que eu sonheeeei” ❤

Assim… confesso que eu, Vanessinha, ia achar meio psicopata um cara desconhecido me mandar mensagens mega românticas DO NADA. Maaaas a história original desse romance também começa esquisitíssima (o moço no meio do mato vem e valsa com a menina), então…

O problema é que, assim como Malévola continua buscando Aurora para terminar sua vingança, Malleville está à espreita…

hahaha Adoro a page "Montanha Proibida"

hahaha Adoro a page “Montanha Proibida”

Não vou contar mais a partir daqui pra não spoilear a leitura de vocês… só posso dizer que, assim como AMEI de paixão o Cinderela Pop, também fiquei encantadíssima com a doçura e o romance de Princesa Adormecida!

Sou meio suspeita para falar, porque são minhas princesas favoritas, mas posso garantir que é suspiro e chuva de arco-íris na certa para as românticas de plantão!

Ahhhhhh <3

Ahhhhhh ❤

DPL na Bienal do Livro Rio 2015 – Tudo que rolou!

Hello, meu povo! Já de volta pra casa, bem descansada e banhada de mar (<3), posso contar para vocês tudo sobre a Bienal do Livro.

Essa foi a 17ª edição do evento (que bateu recorde de público e de vendas), mas foi a primeira experiência desse tipo para mim. O que por si só torna tudo especial!

Já de cara posso dizer que não foi NADA como esperado. Foi MUITO, mas MUITO melhor!

"Foi como um sonho. Melhor que um sonho". Sim, amo citar Disney. Me julguem.

“Foi como um sonho. Melhor que um sonho”. Sim, amo citar Disney. Me julguem.

Para quem acha que foi um dia tranquilinho de compras, Hold your horses que teve bastante emoção até chegar lá. Dá só uma olhada:

Parte 1 – A Expectativa

Ansiedade deveria ser meu nome do meio, por isso a minha Bienal começou no primeiro dia de vendas de ingressos online. Comprei os meus assim que a bilheteria do site abriu. Sabem como é… evitar fila, imprevistos e etc.  Também teve a parte de comprar desesperadamente o “Becky Bloom em Hollywood” na pré-venda, rezando para a Saraiva online entregar a tempo. E eles conseguiram!!!

Eles brilharam MUITO entregando antes da data esperada!

Saraiva brilhou MUITO entregando antes da data esperada!

Parte 2 – A Viagem

Pra quem começou a acompanhar o blog agora, eu moro em Juiz de Fora, Minas Gerais. É pertinho do Rio (3 horas só), MASSSS como eu queria tanto participar do bate-papo e da sessão de autógrafos da Sophie Kinsella (que teria distribuição de senha às 10h), tive que comprar a passagem das 4h da manhã!

Isso mesmo. Vanessinha (e Kikinho, porque eu tenho um boy lindo, que me apoia demais) fora da cama às 2h30.

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A viagem foi tranquila… nos demos o direito de ter as três horas e meia de sono necessárias para aguentar as andanças do dia…

Parte 3 – A “Odisseia” do Ônibus 332

Antes de mais nada: Cariocas, vocês são f#d@! Aguentar a demora eteeeeeerna para pegar o ônibus certo, o trânsito muitas e muitas vezes congestionado (com as obras do metrô, então nem se fala!!) e ainda conseguir ficar espremidinho por HORAS no trajeto – e tudo isso every single day – é mesmo louvável! Um dia só nesse esquema, e já fiquei EXAUSTA.

Eu e Thaís (minha amiga/assessora/anfitriã/anjo) ficamos, sem mentira nenhuma, quase duas horas esperando o 332 Barra – Projac passar… Por fim, pegamos ele vazio na orla de Ipanema. Foi uma hora e meia no trajeto até o Riocentro, mas pelo menos estávamos sentadinhas.

Parte 4 – A senha que acabou e a histeria coletiva

Considerando que chegamos no ponto de Ipanema às 8h e só conseguimos pegar o ônibus às 10h (mesma hora que começava a distribuição de autógrafos da Sophie Kinsella) é ÓBVIO que ao chegar lá ( quase meio-dia ¬¬) já estaria esgotada a minha chance de encontrar a autora. Mas eu resolvi tentar mesmo assim…

E fiquei CHO-QUI-TA com a fila gigantesca que já tinha se formado para ver a Colleen Houck (da Saga ‘A Maldição do Tigre’)! A primeira garota chegou às SETE da manhã para uma sessão de autógrafos que aconteceria às 19h!!

Sente só o tamanhozinho que estava a fila ao meio-dia (e a da Paula Pimenta não estava muito menor não...)

Sente só o tamanhozinho que estava a fila ao meio-dia (e a da Paula Pimenta não estava muito menor não…)

Mas pelo visto, valeu a pena para a mocinha das 7h da matina ^^ Olha a cara de alegria dela do lado da Colleen. Foto: Editora Arqueiro

Mas pelo visto, valeu a pena para a mocinha das 7h da matina ^^ Olha a cara de alegria dela do lado da Colleen. Foto: Editora Arqueiro

Resultado? Nada de autógrafo no meu ‘Becky Bloom’… (E, segundo a moça da distribuição, eu fui a primeira pessoa a ter uma reação “normal” ao saber do esgotamento das senhas hahahaha Tinha menina chorando copiosamente!). Mas tudo bem… eu estava ali mesmo para curtir tudo que essa experiência pudesse me oferecer.

Se não tem Sophie, o que a gente faz? COME e se diverte! hahaha

Se não tem Sophie, o que a gente faz? COME e se diverte! hahaha

Parte 5 – Os estandes e a “vertigem no olhar”

Tenho uma colega de trabalho que vira e mexe diz ter “vertigem no olhar”… E eu só posso usar essa expressão para definir meu estado físico (e emocional) quando entrei naquele Pavilhão azul.

Para onde vou? Quem sou? kkkk

Para onde vou? Quem sou? kkkk

Era TANTA gente, TANTO estande lindo, TANTOS livros que eu queria tocar, amar, comprar!!! Fiquei totalmente desnorteada ali! Era até complicado andar e entrar nos estandes das editoras.

O estande da Novo Conceito era um dos mais bonitos!

O estande da Novo Conceito era um dos mais bonitos!

 

Teve momentos que era difícil até respirar! kkkk #ClaustrofobiaFeelings

Teve momentos que era difícil até respirar! kkkk #ClaustrofobiaFeelings

Não teve Colleen pra mim, mas tietei como pude! kkkk

Não vi a Colleen, mas tietei como pude! kkkk

Não tirei foto no Trono de Ferro (a fila tava enorme). Fiz melhor! Tirei com a Mônica <3

Não tirei foto no Trono de Ferro (a fila tava enorme). Fiz melhor! Tirei com a Mônica ❤

Juro… nunca quis TANTO ter um cartão de crédito sem limites! Chorei lágrimas de sangue sem fim, quando a moça da Rocco me disse que o box novo de Harry Potter estava a R$200 e só podia ser comprado à vista!

Deixei um ORFANATO inteiro ://

Deixei um ORFANATO inteiro ://

Parte 6 – Comprinhas (leia-se: Falência =x)

Depois de rodar que nem o ‘peão do baú’ lá dentro, resolvi que estava na hora de começar minhas comprinhas de novas leituras para o blog. E eu não poderia ter começado melhor do que no estande da LeYa!! Aproveitei que a galera estava mais louca pela foto no Trono de ferro do que tudo, e pesquisei calmamente os títulos lindos. Saí de lá com as biografias maravilhosas de Grace Kelly (princesa de Mônaco) e Josefina I (A Imperatriz da França pós-revolução).

Sim. eu AMO biografias de mulheres importantes

E ali começaram os dois marcos da minha Bienal:

  1. A divulgação boca a boca do DPL (Para uma arquiteta, a Thaís se saiu uma excelente assessora. “Ela escreve um blog, sabia?” – dizia ela numa fila. “Anota o endereço do blog”, pegando a caneta e o papel em quase todos os lugares que paramos);
  2. O início do fim do meu cartão de crédito hahaha

Foram sete excelentes títulos adquiridos (dois deles já resenhados aqui no blog, de tão maravilhosos) e um desejo INFINITO de ter podido levar mais!

Inventário das Compras: Duas biografias, um livro com TODAS as tirinhas já publicadas da Mafalda (e que saiu por menos da metade do preço original), dois 'chic lit', um "suspense", um livro para reflexão interior e um Acervo lindo de poemas.

Inventário das Compras: Duas biografias, um livro com TODAS as tirinhas já publicadas da Mafalda (e que saiu por menos da metade do preço original), dois ‘chic lit’, um “suspense”, um livro para reflexão interior e um Acervo lindo de poemas.

Também trouxe marcadores, plaquinha de porta, eco bag e catálogos! Ahhh é muita lindeza literária num lugar só!!

Presentinhos!!

Presentinhos!!

De tudo, só tive duas tristezinhas:

Não ter conseguido entrar no estande da Intrínseca;

Ter esquecido completamente de procurar por “O Trono Vazio”, oitavo volume das minhas amadas Crônicas Saxônicas.

#chateada

A volta, eu confesso, foi um pouco caótica… Duas horas de bus (uma delas em pé e espremidinha), chuva fina, frio… Mas valeu a pena por mais divulgação do blog, e pelas conversas divertidíssimas com a minha amiga linda! Ainda sem palavras para agradecer por todo o apoio que ela me deu!

A melhor anfitriã/assessora EVER!

A melhor anfitriã/assessora EVER!

Enfim, gente… quem foi sabe a magia desconcertante que existe lá dentro, e quem ainda não teve essa oportunidade, meu conselho é: junte uma graninha, faça um esforço (por mais longe que você more), mas VÁ A UMA BIENAL DO LIVRO! É uma experiência IN-CRÍ-VEL para os leitores compulsivos como nós!!

Aguardando ansiosamente a próxima!!

Já ansiosa pela próxima edição!!

 

 

 

 

 

Livros 34 e 35: Perdi Minha Identidade & Acervo de Palavras – Marta Spomberg e Lorena Brites

Essa semana vamos sair um pouco dos trilhos por aqui.

Assim como a Bienal do Livro Rio foi uma caixinha de surpresas para mim (amanhã tem post com a ‘cobertura’ completa de todas as emoções deste sábado!), gostaria de trazer um pouco dessas surpresas para vocês que me leem.

Eu já estava saindo do evento, com os braços pesados de grandes títulos e os pés doloridos das andanças, quando parei diante do estande que fez valer o meu dia por inteiro. O estande da editora (ainda) não muito conhecida, Autografia. Fui “encantada” por duas autoras MARAVILHOSAS, responsáveis pelas leituras que eu trouxe hoje.

– Mas por que você vai resenhá-las juntas, bebê?

Por duas razões:

  1. Li ambos os livros ontem e hoje, de tão bons!
  2. Porque elas, unidas, formam um quadro admirável do que eu espero para a literatura nacional.

Mas vamos às resenhas…

Perdi Minha Identidade – Marta Spomberg

Uma viagem para dentro de mim. Foi isso que eu encontrei lendo Perdi Minha Identidade. Ou pelo menos comecei a viajar… Só a sinopse já me ganhou muito, Acho que ganhará vocês também:

Quantas vezes você não abre mão de seus desejos para agradar o outro ou os outros? Quantas vezes você realiza coisas, que são da responsabilidade dos outros por acreditar que as pessoas precisam de você, ou nada será resolvido? Quantas vezes por medo do que o outro iria pesar, você disse sim quando queria dizer não?

Fazemos MUITO isso (leia-se FAÇO muito isso). Então, em menos de dois minutos essa psicoterapeuta do sorriso doce, óculos lilás (ultra fashion) e caneta cheia de ‘cristais Swarovski’ ´(que, segundo ela, “é para vocês, leitores”) me ganhou.

Marta e eu. Obrigada por me dar o presente de começar a me conhecer melhor!

Marta e eu. Obrigada por me dar o presente de começar a me conhecer melhor!

E o livro dela não fez trabalho diferente… Ele faz a gente enxergar que por trás dos nossos comportamentos e repetições de padrão de relacionamento (aqueles que nos colocam ansiosos, tensos, infelizes) estão a nossa raiva desconhecida e/ou reprimida.

A capa é linda também!

A capa é linda também!

Sem brincadeira… Revi momentos da minha infância que possivelmente desencadearam minha ansiedade constante, minha contenção, meus medos e – principalmente – minha falta de dar uns berros de “CHEGA” em várias situações. Depois desse livro MUITA coisa vai ser revista em mim. E eu indico DEMAIS a todos!


Acervo de Palavras – Lorena Brites

Lorena foi a autora que mais fez valer minha bienal.

Sim. Eu fui para lá querendo o autógrafo da Sophie Kinsella, choquei com o tamanho da fila para ver a Collen Houck e lamentei não poder tietar um pouquinho a Paula Pimenta. Mas nenhuma dessas consagradas escritoras tocou meu coração tão forte com suas palavras (e ações), como essa jornalista da região dos Lagos.

Lorena e eu. Queria só uma camisa pra poder tietar ainda mais! rsrs

Lorena e eu. Queria só uma camisa pra poder tietar ainda mais! rsrs

Ela vendeu o que podia e o que não podia em um bazar para poder estar ali no Riocentro durante 10 dias. Tudo por um sonho: fazer os seus lindos poemas serem lidos. Muitos foram os ‘nãos’, e muita foi a rudeza com que ela foi tratada. Foi exatamente aí que ela fez meu coração de leitora compulsiva apertar um pouco mais.

Enquanto havia histeria pelas autoras teen (nada contra as Keferetes ou Bebeletes ou seja lá que chic lit vocês amemdepaixao.com.br), a Lorena escutava más respostas só ao perguntar se as pessoas gostavam de poesia… Lamentável! Mas ó… quem agiu assim perdeu e MUITO o Acervo maravilhoso que ela tinha para mostrar.

Acervo de Palavras. Sentimentos. Poesia. Cor.

Acervo de Palavras. Sentimentos. Poesia. Cor.

Eu garanti o meu e li ele INTEIRINHO antes mesmo de voltar para casa. São poemas que espelham muitos dos nossos sentimentos, ou do momento em que não sabemos/queremos lidar com eles… só um exemplo de um dos que eu mais gostei:

Subentendido

Sou abundante de passionalidade

Insuficiente de razão

Não sei ler seus olhos como você lê meus pensamentos

Meus dilemas completam sua essência

Você me supre nas suas falhas

Se a poesia não for a alma multicolorida da literatura, eu não sei mais o que é gostar de ler… Lorena, minha flor, amei tanto que já emprestei pra irmã! Tenho certeza que você vai ganhar mais do que ela como fã da sua obra linda! Pode preparar para rodar mais exemplares, sim?

Para finalizar essa ‘resenha dupla’ eu só queria dizer PARABÉNS a todos os novos autores que, como a Lorena, a Marta, a Manu Ferrugini (Em Busca do Sol), o Hélio Rocha (Málkian) e a Janaína Alves (Desafogando Sentimentos, Afogando Palavras) correm atrás! Vocês são exemplo e incentivo para quem escreve obras maravilhosas e custa para publicá-las! Queria que todos fossem os novos Best-Sellers e, tomara Deus tomara, vocês ainda serão!

Livro 33: O Inimigo de Deus – Bernard Cornwell

Ufa! Terminei! Esse “O Inimigo de Deus” foi mais suado para concluir do que ‘A Divina Comédia’. Permitam-me explicar os motivos:

As capas dessa trilogia são todas muito fortes. Adoro isso!

As capas dessa trilogia são todas muito fortes. Adoro isso!

  1. Preparativos para férias e Bienal do Livro (Sim. DPL estará lá, meu povo!! Curtindo – se tudo correr bem – Sophie Kinsella, Colleen Houck, encontro de blogueiros e o que mais tiver direito!);
Deus! Faça com que meu livro chegue a tempo e que eu consiga uma senha pro autógrafo!!

Deus! Faça com que meu livro chegue a tempo e que eu consiga uma senha pro autógrafo!!

2. Mad Men – MALDITA SÉRIE MUITO BOA QUE DESVIOU MEU FOCO LITERÁRIO (superindico!)

Já estou na QUINTA TEMPORADA e não consigo paraaaar!!!

Já estou na QUINTA TEMPORADA e não consigo paraaaar!!!

3. Cornwell é MUITO bom, maaaas… Eu não estava na vibe das batalhas entre Bretões, Saxões, Irlandeses e etc etc. Elas são ÓTIMAS, muito bem narradas, mas tem dias que essa não é a pegada.

Tá... no meio pro final eu voltei a amar essas lutas todas. Confesso.

Tá… no meio pro final eu voltei a amar essas lutas todas. Confesso.

Enfim… Muitas distrações, viu?! Bora pra resenha logo!

O escolhido dessa semana é o segundo volume das Crônicas de Artur (a resenha do primeiro, ‘O Rei do Inverno,você confere aqui).

Este livro retrata, a partir do ponto de vista de Derfel (um cavaleiro Saxão, de origem humilde), o maior de todos os heróis – Artur Pendragon – como um poderoso guerreiro que luta para manter unida a Britânia, no século V, anos depois da saída dos romanos.

Porém, se por um lado o país parece unificado politicamente e a ‘paz’ consegue durar dez anos, por outro a luta entre os deuses antigos e o cristianismo divide o povo.

Diante da propagação da nova fé, o druida Merlin (que aqui é 50% um velho MUITO louco sarcástico e 50% um sábio) se empenha em uma busca pelos tesouros bretões, entre eles o Caldeirão Sagrado – objeto mágico poderoso, capaz de trazer de volta os antigos deuses e aniquilar os saxões e os cristãos (e que dá um trabalho desgraçado para ser encontrado e depois volta a ser um mistério).

Nesse meio tempo, Derfel, nosso querido protagonista -e um dos únicos personagens dessa história toda que eu realmente gosto – se casa com sua amada Ceinwyn (sim. alguns nomes são impronunciáveis e eu tenho até que consultar no livro para escrever aqui) e começa sua família.

Gostei bem dessa evolução pessoal de Derfel durante ‘O Inimigo de Deus’. Isso e a trágica história de amor de Tristão e Isolda (que não tem nada a ver com o filme, mas tudo bem) foram os pontos altos do livro, para mim.

Como eu AMO essa história, gente! (E choro muito, sempre. Chorei lendo aqui também)

Como eu AMO essa história, gente! (E choro muito, sempre. Chorei lendo aqui também)

” – Ah! Mas você não gostou do fato de Artur estar cada vez mais forte e ter sido aclamado Rei?”

Na verdade… não tanto. É legal, ok… mas eu já estava esperando essa hora, né galerê!

Sabe qual a minha impressão? Que por ter lido alguns volumes das ‘Crônicas Saxônicas’ ANTES de ler as ‘Crônicas de Artur’, estou achando a narrativa bem arrastada. Não dá pra dizer que é ruim, porque Cornwell é imbatível na arte de escrever sobre História inglesa. Mas em alguns momentos, confesso que “pesquei”.

É do meio para o final que fica realmente BOM. A leitura ganha um ritmo sinistro e você se empolga de vez com os personagens principais e, consequentemente, o desenrolar de suas tramas. Fiquei ainda mais à flor da pele com meus sentimentos em relação a alguns deles. Exemplos:

  • Desde ‘Brumas de Avalon’ eu detestava a Guinevere. Nessas ‘Crônicas de Artur’ então! Arrelia total!! A única qualidade redentora dessa mulher é o culto a deusa Ísis – que eu acho magnífica – e mesmo isso nela é extremamente duvidoso. Coitado do Artur e sua testa!
  • Artur me irrita pela “inocência” extrema. Ele é ‘frouxo’ em muitos momentos, um total idiota em outros e, na maioria das vezes, é uma marionete dos juramentos que ele mesmo fez ou inventou para que os outros fizessem. Ainda bem que não é ele contando, senãZzzzzzzzzzz
Preguiiiiiiça do senhor, Artur.

Preguiiiiiiça do senhor, Artur.

  • Lancelot é um completo filho da puta! Inescrupuloso, covarde, mentiroso, ardiloso! Odiei ele MUITO do início ao fim desse livro e achei um bem-feito ENORME a Ceinwyn largar ele “no altar” para ficar com o Derfel (e não. Isso não é spoiler).
  • Samsum é o tipo do clérigo que você quer que MORRA enforcado nas próprias tripas (Revolução Francesa eu, né? hahahaha). Sim. ele é outro que eu odeio demais! Só faz para ser víbora e desvirtuar toda a premissa amorosa e caridosa do verdadeiro Cristianismo.

Em resumo… Gostei, mas sou mais Crônicas Saxônicas. Vamos ver se o último volume –  “Excalibur” – faz as honras do nome e fecha bem a trilogia…

Livro 32: Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais – Elizabeth da Cigana Núbia

Salve o povo Cigano! Salve o meu povo! Salve Santa Sara Kali!

Quem me conhece sabe a minha imensa paixão pela cultura cigana. É tanto amor que carrego tatuado na pele!

'O Manusha Khevelan Tut' - O povo (cigano) te faz dançar

‘O Manusha Khevelan Tut’ – O povo (cigano) te faz dançar

Sei que nunca deixei explícita minha religião por aqui (o blog não é para/sobre isso, então… vocês entendem, certo?!), mas como li e continuarei lendo obras desse gênero, é bom deixar claro que sou espírita, acredito em reencarnação e – acima de tudo – na beleza que é a vida como um infinito de possibilidades, já que creio na eternidade da nossa alma.

(Se você se incomoda com o tema, ou não acredita nele…pode pular pra resenha da semana que vem, sim? Voltarei à ficção, prometo)

Enfim… Estava pesquisando novas leituras, mais específicas do assunto quando apareceu ‘Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais‘, da maravilhosa Elizabeth da Cigana Núbia.

Essa capa é MUITO linda

Essa capa é MUITO linda

Foi providencial! Era tudo que eu precisava ler no momento (obrigada mais uma vez espiritualidade amiga. Obrigada ciganaria!) e, durante o processo, foram muitas lágrimas de uma saudade que as palavras no blog jamais vão conseguir explicar!

A história

Esse livro conta de uma maneira breve e muito fluida as histórias de vida de 44 ciganos e ciganas que passaram pela nossa mãe Terra. O que aprenderam, sofreram , ensinaram… Não é como ‘Esmeralda’, ou ‘A Rainha Descalça’ (outros dois livros muito amados que contam a fundo a cultura cigana – o primeiro, de forma romanceada e espiritualista, o segundo da forma nua e crua como o preconceito atingiu os clãs ciganos na Espanha/Portugal).

‘Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais’ é mais uma obra para quem quer entender melhor a individualidade de cada cigano e cigana no mundo espiritual, para os médiuns que tem esses amigos do outro lado, para quem quer conhecer o trabalho de amor e caridade que os clãs gitanos desempenham.

Muito preconceito e ignorância existe nesse sentido. Muita mistificação e distorção. Como em toda área, o ser humano é tão capaz para o bem, quanto para o mal e essa dualidade do ser pode se mostrar muito prejudicial no que diz respeito à religiosidade.

No que toca às entidades ciganas, muito incompreendidas e desrespeitadas como foram durante sua vida terrena, o preconceito é o que marca mais. Suas roupas coloridas, a alegria, o trabalho “magístico”, esbarram em muitas ocasiões com a forma ‘teológica’ com a qual a doutrina espírita está acostumada, desde Allan Kardec.

Em resumo, ciganos espirituais são tratados com desconfiança em alguns centros e mal compreendidos em outros. De maneira geral, há pouco conhecimento e muito preconceito. Ponto Final.

E é isso que a autora desmistifica no livro. Ela mostra a essência da força cigana enquanto auxílio espiritual. Que eles e elas foram como nós, riram, choraram, passaram momentos difíceis e, justamente por isso, compreendem nossas fraquezas e sabem como agir para ajudar.

Mas que é preciso entender urgente que essa ajuda não é egoísta (“ah quero arrumar namorado/a”, “ah quero ganhar dinheiro”). Ela é uma ajuda, como todas as ajudas espirituais sérias, no sentido da evolução do ser. Mas isso ainda não foi totalmente compreendido por aqui.

Assim como entidades de Pretos Velhos, Caboclos e etc. que têm um conhecimento GIGANTESCO a passar, fora o amor e carinho por seus ‘filhos’; mas que são interpretados como ‘segunda linha’, ou ‘macumba’, ‘coisa do demônio’ e etc etc.

Para não me estender muito, já que não é o foco do blog, e que essa discussão espírita é enorme (Leiam as obras Robson Pinheiro, com ‘Pai João‘ e entenderão quanto chão temos pela frente)… Recomendo a leitura para quem tem a mente e o coração muito abertos.

É um livro lindo. Mas as sábias palavras ciganas precisam de mentes capazes não só de compreender, como disseminar todo o amor.

P.S: A história que mais amei foi a da Cigana Rosa. Motivos não faltam para amar tudo que ela foi e fez por seus filhos espirituais.

'Ela é a cigana formosa, cigana Rosa' (Sim. o quadro é de minha autoria. Além de escrever eu amo pintar <3)

‘Ela é a cigana formosa, cigana Rosa’ (Sim. o quadro é de minha autoria. Além de escrever eu amo pintar <3)

Livro 31: Deusa da Luz – P.C. Cast

Viciante. Essa é a palavra que define perfeitamente a Série Goddess, da P.C. Cast.

(Manu Ferrugini, a culpa é toda sua! hahaha)
A cada volume que eu termino e resenho, mais vontade me dá de ler o próximo, e com Deusa da Luz não foi exceção!
O livro conta a história de Pamela, uma designer de interiores recém-separada de seu ex psicótico e dominador, que vai a Las Vegas com o desafio de projetar a casa de veraneio de um escritor super famoso, porém de gosto brega “Excêntrico”.
Lá, em meio a um ‘acidente’ provocado pelas más intenções do Deus Baco, Pammy conhece Febo, ou melhor, o Deus Apolo que – junto com sua irmã gêmea, Ártemis/Diana – está passando uns dias em Vegas a pedido de Zeus.
Os Deuses gêmeos, Apolo e Ártemis ^^

Os Deuses gêmeos, Apolo e Ártemis ^^

A ideia do Deus do trovão e senhor do Olimpo era que seus filhos prediletos se divertissem e aprendessem com os mortais… O que ele não contava era que seu outro filho, deus do Vinho, armaria uma cilada (usando a nossa protagonista) para prender os deuses gêmeos no mundo moderno.
É assim que Pâmela “invoca/prende” Ártemis com um pedido de amor verdadeiro, que não seja dominador, opressivo e ilusório como seu primeiro casamento.
A deusa, cínica até dizer chega, aproveita o desejo de seu irmão em encontrar sua alma gêmea e o convence a conquistar Pamela.
Aí começa aquela quentura sedutora, sensual, sexy e etc. etc. dos livros da série… Essa autora entende do riscado quando é pra deixar a pele da gente queimando!
Apolo já é um caso a parte, não? Ele  (ao contrário do Hades e da Fera, surpreendentemente eróticos. Daqueles que a gente se pega querendo MUITO) já é retratado na mitologia greco romana como uma divindade bellissima, e isso só é fortalecido na narrativa.
Consigo imaginá-lo BEM assim! <3

Consigo imaginá-lo BEM assim! ❤

Pamela já é uma personagem que faz aquela virada maravilhosa! Comecei achando ela beeem sem sal, daquelas meninas chatas de romance barato. É mais para o meio do livro que ela se mostra uma mulher moderna sensacional que, mesmo pelo amor de um Deus, não abrirá mão da sua individualidade e independência!
#VivaOFeminismo!
Enfim…o que eu mais gostei em Deusa da Luz nem foi tanto a história em si.
À essa altura do campeonato, já me acostumei com a série, que funciona como uma receita de bolo (mas no bom sentido. Amei todos os livros que eu li até agora).
O que me encantou foi a intertextualidade entre Deusa da Luz e Deusa da Primavera. A autora faz com que o ponto de partida para a busca de Apolo seja a felicidade que Hades encontra na mortal Lina, no amor dos dois!
Isso sem falar no final diferente e perfeito para Apolo e Pamela… que eu não vou contar para não estragar a leitura de vocês, mas que eu super indico!

Livro 30: Deusa da Rosa – P.C Cast

Depois de uma dose nua e crua de realidade, voltemos aos romances (muy calientes) de P.C Cast, com o quarto volume da série Goddess: Deusa da Rosa.
Achei lindimais essa tatuagem!

Achei lindimais essa tatuagem!

Confesso que enrolei bem na leitura dessa história, mais pelo preconceito (e ressaca literária) que ficou depois de ler ‘Deusa da Primavera’. Sinceramente, achei que aquela história era perfeita demais para ter alguma outra tão boa quanto.
Mas me enganei. E foi bom ter me enganado. Enfim… vamos à resenha:
Mikki Empousai é uma enfermeira que tem um hobby familiar maravilhoso (e meio bizarro à primeira vista):  Cultiva rosas lindas regando-as com algumas gotas de seu sangue.
Apesar de ser um dom, ela prefere escondê-lo e levar uma vidinha tediosa e normal.
“Até o dia em que, sem querer, realiza um ritual e acaba num reino estranhamente familiar: o Reino das Rosas.
De acordo com Hécate, a deusa desse reino, Mikki possui o sangue de uma alta sacerdotisa correndo nas veias, e o Reino das Rosas já esperava por ela.
Em um acesso de raiva, que Hécate teve há muito tempo, ela amaldiçoou seu guardião com um sono do qual ele poderá despertar apenas por intermédio de uma de suas sacerdotisas. E a deusa conta com Mikki para colocar as coisas em ordem. “
Por falar em Guardião… Aí vai a receita do romance LYNDO construído pela autora:
– Uma colher de sopa da Fera, da Disney (só a parte que ele tem alma de homem, sensível e esperando ser amado. E que apenas alguém muito especial conseguiria enxergar);
As semelhanças com a Disney terminam aí. Nosso Guardião não é um príncipe mimado e nossa protagonista não é uma mocinha em defesa da família.

As semelhanças com a Disney terminam aí. Nosso Guardião não é um príncipe mimado e nossa protagonista não é uma mocinha em defesa da família.

– Uma xícara de chá da lenda do Minotauro (porque o Guardião é, de fato, o filho do Titã Cronus);
Imaginei o Guardião bem assim, bem bruto! <3

Imaginei o Guardião bem assim, bem bruto! ❤

– Uma pitada de paixão pelo cultivo de rosas (o Reino mágico criado como cenário deste livro diz muito sobre P.C Cast nesse sentido);
– Duas maçãs de desejo sexual selvagem (as cenas de amor entre os protagonistas deixaram meu rosto queimando por um boooom tempo);
Ui!

Ui!

– Um copo de Conto de Fadas moderno (achei melhor que o da Disney, vou dizer o motivo mais pro fim dessa resenha).
Amei muito o livro, e me arrependi de não ter lido antes! Ele é um pouco diferente dos demais, porque Mikkado não “troca de lugar com uma deusa”. Ela já possui o poder mágico nas veias!
Outro ponto positivíssimo na trama: A Fera/Guardião/Minotauro é o que é.
(Esse é o momento que as apaixonadas pelo filme da Disney, incluindo minha própria irmã, vão querer me esganar)
Sempre achei uma contradição muito absurda a Fera se transformar num lindo príncipe e pronto. Ooook, é um filme para crianças e menininhas apaixonadas precisavam da beleza do Adam e blá blá blá.
Mas a premissa básica da história não é ensinar que o amor verdadeiro vai muito além das aparências? Que a beleza interior da Fera é o que realmente conta para a Bela? Então… Deusa da Rosa é fucking perfect justamente por isso.
Porque o amor vem de dentro pra fora, e não o contrário!

Porque o amor vem de dentro pra fora, e não o contrário!

Fiquei até em dúvida… Deusa da Luz ou Deusa do Amor? Meus Depressivos e Depressivas decidiram por mim 😉

Livro 29: Nêmesis – Onassis, Jackie O e o triângulo amoroso que derrubou os Kennedy – Peter Evans

Tirem as crianças da sala biblioteca, porque o livro desta semana é pesadííííssimo (até mesmo para os marmanjos).

John puto, Jackie santa do pau oco, Bobby nojento e Onassis, um monstro.

John puto, Jackie santa do pau oco, Bobby nojento e Onassis, um monstro.

Nêmesis – Onassis, Jackie O e o triângulo amoroso que derrubou os Kennedy é o romance biográfico do jornalista Peter Evans, que se encarregou da difícil missão “de ir além de todo esse véu de afetação (das décadas de 50 e 60), luxo e poder para investigar a fundo detalhes surpreendentes ( e sórdidos) sobre um dos triângulos amorosos mais polêmicos da história: Jackie O, Aristóteles Onassis e Bobby Kennedy”.

Casamento Fake 1: Jackie e John se corneavam mais do que tudo.

Casamento Fake 1: Jackie e John se corneavam mais do que tudo.

Depois de ANOS pesquisando e entrevistando figuras importantes, com espiões e terroristas, parentes, amigos e amantes dos Kennedy e de Onassis (além de muitos encontros com o próprio grego), Evans traz para os seus leitores a sujeira toda: tráfico de drogas, adultério, subornos, corrupção, mentiras e traições que teriam culminado na encomenda da morte de Robert Kennedy por Onassis.

Casamento Fake 2: Onassis mal suportava Jackie. Dizia que ela tinha sido um 'péssimo negócio'

Casamento Fake 2: Onassis mal suportava Jackie. Dizia que ela tinha sido um ‘péssimo negócio’

Sério mesmo, depois de ler esse livro minha visão sobre as ‘tragédias’ envolvendo os Kennedy (e até a morte de Marilyn Monroe entra nessa roda suja) mudou com-ple-ta-men-te.  É tudo tão interligado pelo poder, o dinheiro, e  a falta de escrúpulos dessa galera toda, que não dá nem pra ter fé na política nunca mais.

Tá achando que Lava-Jato é o pior da corrupção? Acha que a política pode melhorar? Sinto informar… você tá enganado.

Nêmesis é o tipo de leitura perfeita pra quem gosta de História mas, principalmente, para quem gosta da verdade nua e crua, dos fatos sem rodeios e, em certo grau, da desesperança no mundo e nas pessoas que ocupam altos cargos de poder.

John F. Kennedy era um conhecido mulherengo. Ok. Mas a gente sempre pensava em sua mulher como uma pobre e submissa, presa na politicagem de representar a primeira-dama impecável dos EUA. Ahhh que mentirada! Se Evans fez o dever de casa do jornalismo (e dá para acreditar que ele fez) ela era igual OU PIOR que o marido, com uma rede extensa de amantes que incluía seu cunhado, Bobby Kennedy, e futuro marido, Ari Onassis.

Jackie, segundo a historia de Evans, era interesseira até o extremo, tão infiel quanto John e não mediu esforços para se manter no poder (ainda que sob a máscara da 'Viúva Sagrada') #SantaDoPauOco

Jackie, segundo a historia de Evans, era interesseira até o extremo, tão infiel quanto John e não mediu esforços para se manter no poder (ainda que sob a máscara da ‘Viúva Sagrada’) #SantaDoPauOco

Mas não é só a cama de Jackie que era ultra movimentada (e nojenta) pelo dinheiro… Todas as mulheres dessa história são terrivelmente ambiciosas, inescrupulosas, dissimuladas e altamente manipuladoras. Acaba aqui o estereótipo da “esposa” dos anos 50/60.

E os homens? House of Cards é Jardim de Infância perto das articulações e desmandos de todos eles. Mandavam e desmandavam em todo o mundo, acima das Leis.

Onassis e Maria Callas: Usou e abusou do amor dela, pra jogar fora. Como fez com TO-DAS as suas mulheres. Nojento.

Onassis e Maria Callas: Usou e abusou do amor dela, pra jogar fora. Como fez com TO-DAS as suas mulheres. Nojento.

Super indico a leitura, mas já aviso: tenha estômago para a politicagem nojenta!