Livro 32: Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais – Elizabeth da Cigana Núbia

Salve o povo Cigano! Salve o meu povo! Salve Santa Sara Kali!

Quem me conhece sabe a minha imensa paixão pela cultura cigana. É tanto amor que carrego tatuado na pele!

'O Manusha Khevelan Tut' - O povo (cigano) te faz dançar

‘O Manusha Khevelan Tut’ – O povo (cigano) te faz dançar

Sei que nunca deixei explícita minha religião por aqui (o blog não é para/sobre isso, então… vocês entendem, certo?!), mas como li e continuarei lendo obras desse gênero, é bom deixar claro que sou espírita, acredito em reencarnação e – acima de tudo – na beleza que é a vida como um infinito de possibilidades, já que creio na eternidade da nossa alma.

(Se você se incomoda com o tema, ou não acredita nele…pode pular pra resenha da semana que vem, sim? Voltarei à ficção, prometo)

Enfim… Estava pesquisando novas leituras, mais específicas do assunto quando apareceu ‘Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais‘, da maravilhosa Elizabeth da Cigana Núbia.

Essa capa é MUITO linda

Essa capa é MUITO linda

Foi providencial! Era tudo que eu precisava ler no momento (obrigada mais uma vez espiritualidade amiga. Obrigada ciganaria!) e, durante o processo, foram muitas lágrimas de uma saudade que as palavras no blog jamais vão conseguir explicar!

A história

Esse livro conta de uma maneira breve e muito fluida as histórias de vida de 44 ciganos e ciganas que passaram pela nossa mãe Terra. O que aprenderam, sofreram , ensinaram… Não é como ‘Esmeralda’, ou ‘A Rainha Descalça’ (outros dois livros muito amados que contam a fundo a cultura cigana – o primeiro, de forma romanceada e espiritualista, o segundo da forma nua e crua como o preconceito atingiu os clãs ciganos na Espanha/Portugal).

‘Vidas e Vindas dos Ciganos Espirituais’ é mais uma obra para quem quer entender melhor a individualidade de cada cigano e cigana no mundo espiritual, para os médiuns que tem esses amigos do outro lado, para quem quer conhecer o trabalho de amor e caridade que os clãs gitanos desempenham.

Muito preconceito e ignorância existe nesse sentido. Muita mistificação e distorção. Como em toda área, o ser humano é tão capaz para o bem, quanto para o mal e essa dualidade do ser pode se mostrar muito prejudicial no que diz respeito à religiosidade.

No que toca às entidades ciganas, muito incompreendidas e desrespeitadas como foram durante sua vida terrena, o preconceito é o que marca mais. Suas roupas coloridas, a alegria, o trabalho “magístico”, esbarram em muitas ocasiões com a forma ‘teológica’ com a qual a doutrina espírita está acostumada, desde Allan Kardec.

Em resumo, ciganos espirituais são tratados com desconfiança em alguns centros e mal compreendidos em outros. De maneira geral, há pouco conhecimento e muito preconceito. Ponto Final.

E é isso que a autora desmistifica no livro. Ela mostra a essência da força cigana enquanto auxílio espiritual. Que eles e elas foram como nós, riram, choraram, passaram momentos difíceis e, justamente por isso, compreendem nossas fraquezas e sabem como agir para ajudar.

Mas que é preciso entender urgente que essa ajuda não é egoísta (“ah quero arrumar namorado/a”, “ah quero ganhar dinheiro”). Ela é uma ajuda, como todas as ajudas espirituais sérias, no sentido da evolução do ser. Mas isso ainda não foi totalmente compreendido por aqui.

Assim como entidades de Pretos Velhos, Caboclos e etc. que têm um conhecimento GIGANTESCO a passar, fora o amor e carinho por seus ‘filhos’; mas que são interpretados como ‘segunda linha’, ou ‘macumba’, ‘coisa do demônio’ e etc etc.

Para não me estender muito, já que não é o foco do blog, e que essa discussão espírita é enorme (Leiam as obras Robson Pinheiro, com ‘Pai João‘ e entenderão quanto chão temos pela frente)… Recomendo a leitura para quem tem a mente e o coração muito abertos.

É um livro lindo. Mas as sábias palavras ciganas precisam de mentes capazes não só de compreender, como disseminar todo o amor.

P.S: A história que mais amei foi a da Cigana Rosa. Motivos não faltam para amar tudo que ela foi e fez por seus filhos espirituais.

'Ela é a cigana formosa, cigana Rosa' (Sim. o quadro é de minha autoria. Além de escrever eu amo pintar <3)

‘Ela é a cigana formosa, cigana Rosa’ (Sim. o quadro é de minha autoria. Além de escrever eu amo pintar <3)

Livro 31: Deusa da Luz – P.C. Cast

Viciante. Essa é a palavra que define perfeitamente a Série Goddess, da P.C. Cast.

(Manu Ferrugini, a culpa é toda sua! hahaha)
A cada volume que eu termino e resenho, mais vontade me dá de ler o próximo, e com Deusa da Luz não foi exceção!
O livro conta a história de Pamela, uma designer de interiores recém-separada de seu ex psicótico e dominador, que vai a Las Vegas com o desafio de projetar a casa de veraneio de um escritor super famoso, porém de gosto brega “Excêntrico”.
Lá, em meio a um ‘acidente’ provocado pelas más intenções do Deus Baco, Pammy conhece Febo, ou melhor, o Deus Apolo que – junto com sua irmã gêmea, Ártemis/Diana – está passando uns dias em Vegas a pedido de Zeus.
Os Deuses gêmeos, Apolo e Ártemis ^^

Os Deuses gêmeos, Apolo e Ártemis ^^

A ideia do Deus do trovão e senhor do Olimpo era que seus filhos prediletos se divertissem e aprendessem com os mortais… O que ele não contava era que seu outro filho, deus do Vinho, armaria uma cilada (usando a nossa protagonista) para prender os deuses gêmeos no mundo moderno.
É assim que Pâmela “invoca/prende” Ártemis com um pedido de amor verdadeiro, que não seja dominador, opressivo e ilusório como seu primeiro casamento.
A deusa, cínica até dizer chega, aproveita o desejo de seu irmão em encontrar sua alma gêmea e o convence a conquistar Pamela.
Aí começa aquela quentura sedutora, sensual, sexy e etc. etc. dos livros da série… Essa autora entende do riscado quando é pra deixar a pele da gente queimando!
Apolo já é um caso a parte, não? Ele  (ao contrário do Hades e da Fera, surpreendentemente eróticos. Daqueles que a gente se pega querendo MUITO) já é retratado na mitologia greco romana como uma divindade bellissima, e isso só é fortalecido na narrativa.
Consigo imaginá-lo BEM assim! <3

Consigo imaginá-lo BEM assim! ❤

Pamela já é uma personagem que faz aquela virada maravilhosa! Comecei achando ela beeem sem sal, daquelas meninas chatas de romance barato. É mais para o meio do livro que ela se mostra uma mulher moderna sensacional que, mesmo pelo amor de um Deus, não abrirá mão da sua individualidade e independência!
#VivaOFeminismo!
Enfim…o que eu mais gostei em Deusa da Luz nem foi tanto a história em si.
À essa altura do campeonato, já me acostumei com a série, que funciona como uma receita de bolo (mas no bom sentido. Amei todos os livros que eu li até agora).
O que me encantou foi a intertextualidade entre Deusa da Luz e Deusa da Primavera. A autora faz com que o ponto de partida para a busca de Apolo seja a felicidade que Hades encontra na mortal Lina, no amor dos dois!
Isso sem falar no final diferente e perfeito para Apolo e Pamela… que eu não vou contar para não estragar a leitura de vocês, mas que eu super indico!

Livro 30: Deusa da Rosa – P.C Cast

Depois de uma dose nua e crua de realidade, voltemos aos romances (muy calientes) de P.C Cast, com o quarto volume da série Goddess: Deusa da Rosa.
Achei lindimais essa tatuagem!

Achei lindimais essa tatuagem!

Confesso que enrolei bem na leitura dessa história, mais pelo preconceito (e ressaca literária) que ficou depois de ler ‘Deusa da Primavera’. Sinceramente, achei que aquela história era perfeita demais para ter alguma outra tão boa quanto.
Mas me enganei. E foi bom ter me enganado. Enfim… vamos à resenha:
Mikki Empousai é uma enfermeira que tem um hobby familiar maravilhoso (e meio bizarro à primeira vista):  Cultiva rosas lindas regando-as com algumas gotas de seu sangue.
Apesar de ser um dom, ela prefere escondê-lo e levar uma vidinha tediosa e normal.
“Até o dia em que, sem querer, realiza um ritual e acaba num reino estranhamente familiar: o Reino das Rosas.
De acordo com Hécate, a deusa desse reino, Mikki possui o sangue de uma alta sacerdotisa correndo nas veias, e o Reino das Rosas já esperava por ela.
Em um acesso de raiva, que Hécate teve há muito tempo, ela amaldiçoou seu guardião com um sono do qual ele poderá despertar apenas por intermédio de uma de suas sacerdotisas. E a deusa conta com Mikki para colocar as coisas em ordem. “
Por falar em Guardião… Aí vai a receita do romance LYNDO construído pela autora:
– Uma colher de sopa da Fera, da Disney (só a parte que ele tem alma de homem, sensível e esperando ser amado. E que apenas alguém muito especial conseguiria enxergar);
As semelhanças com a Disney terminam aí. Nosso Guardião não é um príncipe mimado e nossa protagonista não é uma mocinha em defesa da família.

As semelhanças com a Disney terminam aí. Nosso Guardião não é um príncipe mimado e nossa protagonista não é uma mocinha em defesa da família.

– Uma xícara de chá da lenda do Minotauro (porque o Guardião é, de fato, o filho do Titã Cronus);
Imaginei o Guardião bem assim, bem bruto! <3

Imaginei o Guardião bem assim, bem bruto! ❤

– Uma pitada de paixão pelo cultivo de rosas (o Reino mágico criado como cenário deste livro diz muito sobre P.C Cast nesse sentido);
– Duas maçãs de desejo sexual selvagem (as cenas de amor entre os protagonistas deixaram meu rosto queimando por um boooom tempo);
Ui!

Ui!

– Um copo de Conto de Fadas moderno (achei melhor que o da Disney, vou dizer o motivo mais pro fim dessa resenha).
Amei muito o livro, e me arrependi de não ter lido antes! Ele é um pouco diferente dos demais, porque Mikkado não “troca de lugar com uma deusa”. Ela já possui o poder mágico nas veias!
Outro ponto positivíssimo na trama: A Fera/Guardião/Minotauro é o que é.
(Esse é o momento que as apaixonadas pelo filme da Disney, incluindo minha própria irmã, vão querer me esganar)
Sempre achei uma contradição muito absurda a Fera se transformar num lindo príncipe e pronto. Ooook, é um filme para crianças e menininhas apaixonadas precisavam da beleza do Adam e blá blá blá.
Mas a premissa básica da história não é ensinar que o amor verdadeiro vai muito além das aparências? Que a beleza interior da Fera é o que realmente conta para a Bela? Então… Deusa da Rosa é fucking perfect justamente por isso.
Porque o amor vem de dentro pra fora, e não o contrário!

Porque o amor vem de dentro pra fora, e não o contrário!

Fiquei até em dúvida… Deusa da Luz ou Deusa do Amor? Meus Depressivos e Depressivas decidiram por mim 😉

Livro 29: Nêmesis – Onassis, Jackie O e o triângulo amoroso que derrubou os Kennedy – Peter Evans

Tirem as crianças da sala biblioteca, porque o livro desta semana é pesadííííssimo (até mesmo para os marmanjos).

John puto, Jackie santa do pau oco, Bobby nojento e Onassis, um monstro.

John puto, Jackie santa do pau oco, Bobby nojento e Onassis, um monstro.

Nêmesis – Onassis, Jackie O e o triângulo amoroso que derrubou os Kennedy é o romance biográfico do jornalista Peter Evans, que se encarregou da difícil missão “de ir além de todo esse véu de afetação (das décadas de 50 e 60), luxo e poder para investigar a fundo detalhes surpreendentes ( e sórdidos) sobre um dos triângulos amorosos mais polêmicos da história: Jackie O, Aristóteles Onassis e Bobby Kennedy”.

Casamento Fake 1: Jackie e John se corneavam mais do que tudo.

Casamento Fake 1: Jackie e John se corneavam mais do que tudo.

Depois de ANOS pesquisando e entrevistando figuras importantes, com espiões e terroristas, parentes, amigos e amantes dos Kennedy e de Onassis (além de muitos encontros com o próprio grego), Evans traz para os seus leitores a sujeira toda: tráfico de drogas, adultério, subornos, corrupção, mentiras e traições que teriam culminado na encomenda da morte de Robert Kennedy por Onassis.

Casamento Fake 2: Onassis mal suportava Jackie. Dizia que ela tinha sido um 'péssimo negócio'

Casamento Fake 2: Onassis mal suportava Jackie. Dizia que ela tinha sido um ‘péssimo negócio’

Sério mesmo, depois de ler esse livro minha visão sobre as ‘tragédias’ envolvendo os Kennedy (e até a morte de Marilyn Monroe entra nessa roda suja) mudou com-ple-ta-men-te.  É tudo tão interligado pelo poder, o dinheiro, e  a falta de escrúpulos dessa galera toda, que não dá nem pra ter fé na política nunca mais.

Tá achando que Lava-Jato é o pior da corrupção? Acha que a política pode melhorar? Sinto informar… você tá enganado.

Nêmesis é o tipo de leitura perfeita pra quem gosta de História mas, principalmente, para quem gosta da verdade nua e crua, dos fatos sem rodeios e, em certo grau, da desesperança no mundo e nas pessoas que ocupam altos cargos de poder.

John F. Kennedy era um conhecido mulherengo. Ok. Mas a gente sempre pensava em sua mulher como uma pobre e submissa, presa na politicagem de representar a primeira-dama impecável dos EUA. Ahhh que mentirada! Se Evans fez o dever de casa do jornalismo (e dá para acreditar que ele fez) ela era igual OU PIOR que o marido, com uma rede extensa de amantes que incluía seu cunhado, Bobby Kennedy, e futuro marido, Ari Onassis.

Jackie, segundo a historia de Evans, era interesseira até o extremo, tão infiel quanto John e não mediu esforços para se manter no poder (ainda que sob a máscara da 'Viúva Sagrada') #SantaDoPauOco

Jackie, segundo a historia de Evans, era interesseira até o extremo, tão infiel quanto John e não mediu esforços para se manter no poder (ainda que sob a máscara da ‘Viúva Sagrada’) #SantaDoPauOco

Mas não é só a cama de Jackie que era ultra movimentada (e nojenta) pelo dinheiro… Todas as mulheres dessa história são terrivelmente ambiciosas, inescrupulosas, dissimuladas e altamente manipuladoras. Acaba aqui o estereótipo da “esposa” dos anos 50/60.

E os homens? House of Cards é Jardim de Infância perto das articulações e desmandos de todos eles. Mandavam e desmandavam em todo o mundo, acima das Leis.

Onassis e Maria Callas: Usou e abusou do amor dela, pra jogar fora. Como fez com TO-DAS as suas mulheres. Nojento.

Onassis e Maria Callas: Usou e abusou do amor dela, pra jogar fora. Como fez com TO-DAS as suas mulheres. Nojento.

Super indico a leitura, mas já aviso: tenha estômago para a politicagem nojenta!

Livro 28 : A Canção da Espada I Crônicas Saxônicas Vol. IV – Bernard Cornwell

Oi oi meu povo!! Saindo um pouco da Chick Lit, essa semana resolvi mudar radicalmente o foco e voltar para as Crônicas Saxônicas, mais precisamente no livro quatro da saga de Bernard Cornwell: A Canção da Espada.
Não me canso de amar essas capas que, juntas, formam uma imagem da história!

Não me canso de amar essas capas que, juntas, formam uma imagem da história!

E ó… a espada cantou LITERALMENTE nesse volume, viu? Não que ela não cantasse nos outros, porque Bafo de Serpente e Ferrão de Vespa (a espada longa e curta, respectivamente, do nosso protagonista Uhtred) trabalham BASTANTE desde o primeiro livro.
I like it!!!!

I like it!!!!

Mas, como o próprio autor esclarece na nota final, A Canção da Espada é o livro (até então) mais romanceado da saga.
Não… ele não quis dizer no sentido de água com açúcar – até porque, Cornwell é Hard Core, é do sangue e do aço, e mesmo quando tem um love nas suas histórias ele é precedido (ou seguido) por uma série de desgraceiras hahahaha
O que ele quis dizer, e que foi o que fez eu AMAR muito mais essa obra em comparação com as outras, é: Além da história baseada nos registros e fatos reais, A Canção da Espada tem bastante enredo ficcional, um material riquíssimo saído da cabeça brilhante do escritor!
Sem mais lenga lenga, vamos ao resumete do que rolou nessa parte das Crônicas:
Neste livro, ambientado cinco anos depois dos acontecimentos narrados em Os senhores do Norte,Uhtred está casado novamente, tem dois filhos lindos e amados (um terceiro a caminho) com sua dinamarquesa Gizela.
Boa parte da história são os exércitos saxões dando uma COÇA nos Vikings e expulsando-os do que, hoje, conhecemos como Londres.
Mas, sinceramente, o que eu mais gostei foi a história familiar do rei Alfredo, que casa sua filha (de nome impronunciável hahaha) com o primo babaca de Uhtred (que tem um nome igualmente impronunciável). No meio do livro a princesa, grávida, é sequestrada pelos dinamarqueses – noruegueses, na verdade – e aí que começa a ficar muito bom!!
Adoro quando as mulheres começam a ficar ativas!! rsrsrs
Aethelflaed começando a colocar as manguinhas medievais de fora! <3

Aethelflaed começando a colocar as manguinhas medievais de fora! ❤

Enfim… amei demais! E to doida para continuar a saga, masssss como o objetivo aqui é variar, engatei nas falcatruas e romances tórridos dos EUA das décadas de 50 e 60.
Aguardem fortes emoções com a resenha de Nêmesis 😉