Tirem as crianças da sala biblioteca, porque o livro desta semana é pesadííííssimo (até mesmo para os marmanjos).
Nêmesis – Onassis, Jackie O e o triângulo amoroso que derrubou os Kennedy é o romance biográfico do jornalista Peter Evans, que se encarregou da difícil missão “de ir além de todo esse véu de afetação (das décadas de 50 e 60), luxo e poder para investigar a fundo detalhes surpreendentes ( e sórdidos) sobre um dos triângulos amorosos mais polêmicos da história: Jackie O, Aristóteles Onassis e Bobby Kennedy”.
Depois de ANOS pesquisando e entrevistando figuras importantes, com espiões e terroristas, parentes, amigos e amantes dos Kennedy e de Onassis (além de muitos encontros com o próprio grego), Evans traz para os seus leitores a sujeira toda: tráfico de drogas, adultério, subornos, corrupção, mentiras e traições que teriam culminado na encomenda da morte de Robert Kennedy por Onassis.
Sério mesmo, depois de ler esse livro minha visão sobre as ‘tragédias’ envolvendo os Kennedy (e até a morte de Marilyn Monroe entra nessa roda suja) mudou com-ple-ta-men-te. É tudo tão interligado pelo poder, o dinheiro, e a falta de escrúpulos dessa galera toda, que não dá nem pra ter fé na política nunca mais.
Tá achando que Lava-Jato é o pior da corrupção? Acha que a política pode melhorar? Sinto informar… você tá enganado.
Nêmesis é o tipo de leitura perfeita pra quem gosta de História mas, principalmente, para quem gosta da verdade nua e crua, dos fatos sem rodeios e, em certo grau, da desesperança no mundo e nas pessoas que ocupam altos cargos de poder.
John F. Kennedy era um conhecido mulherengo. Ok. Mas a gente sempre pensava em sua mulher como uma pobre e submissa, presa na politicagem de representar a primeira-dama impecável dos EUA. Ahhh que mentirada! Se Evans fez o dever de casa do jornalismo (e dá para acreditar que ele fez) ela era igual OU PIOR que o marido, com uma rede extensa de amantes que incluía seu cunhado, Bobby Kennedy, e futuro marido, Ari Onassis.
Mas não é só a cama de Jackie que era ultra movimentada (e nojenta) pelo dinheiro… Todas as mulheres dessa história são terrivelmente ambiciosas, inescrupulosas, dissimuladas e altamente manipuladoras. Acaba aqui o estereótipo da “esposa” dos anos 50/60.
E os homens? House of Cards é Jardim de Infância perto das articulações e desmandos de todos eles. Mandavam e desmandavam em todo o mundo, acima das Leis.
Super indico a leitura, mas já aviso: tenha estômago para a politicagem nojenta!
Caramba, flor! Nada sabia sobre esse livro, mas adorei descobri-lo em seu blog e, sobretudo, ler sua opinião. Acho que a obra é um tapa na cara da sociedade, propondo colocar em pratos limpos uma polêmica que acabou sendo empurrada para baixo do tapete. Curti suas impressões e anotei a dica, viu?
Beijos!
http://www.myqueenside.blogspot.com
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