Livro 33: O Inimigo de Deus – Bernard Cornwell

Ufa! Terminei! Esse “O Inimigo de Deus” foi mais suado para concluir do que ‘A Divina Comédia’. Permitam-me explicar os motivos:

As capas dessa trilogia são todas muito fortes. Adoro isso!

As capas dessa trilogia são todas muito fortes. Adoro isso!

  1. Preparativos para férias e Bienal do Livro (Sim. DPL estará lá, meu povo!! Curtindo – se tudo correr bem – Sophie Kinsella, Colleen Houck, encontro de blogueiros e o que mais tiver direito!);
Deus! Faça com que meu livro chegue a tempo e que eu consiga uma senha pro autógrafo!!

Deus! Faça com que meu livro chegue a tempo e que eu consiga uma senha pro autógrafo!!

2. Mad Men – MALDITA SÉRIE MUITO BOA QUE DESVIOU MEU FOCO LITERÁRIO (superindico!)

Já estou na QUINTA TEMPORADA e não consigo paraaaar!!!

Já estou na QUINTA TEMPORADA e não consigo paraaaar!!!

3. Cornwell é MUITO bom, maaaas… Eu não estava na vibe das batalhas entre Bretões, Saxões, Irlandeses e etc etc. Elas são ÓTIMAS, muito bem narradas, mas tem dias que essa não é a pegada.

Tá... no meio pro final eu voltei a amar essas lutas todas. Confesso.

Tá… no meio pro final eu voltei a amar essas lutas todas. Confesso.

Enfim… Muitas distrações, viu?! Bora pra resenha logo!

O escolhido dessa semana é o segundo volume das Crônicas de Artur (a resenha do primeiro, ‘O Rei do Inverno,você confere aqui).

Este livro retrata, a partir do ponto de vista de Derfel (um cavaleiro Saxão, de origem humilde), o maior de todos os heróis – Artur Pendragon – como um poderoso guerreiro que luta para manter unida a Britânia, no século V, anos depois da saída dos romanos.

Porém, se por um lado o país parece unificado politicamente e a ‘paz’ consegue durar dez anos, por outro a luta entre os deuses antigos e o cristianismo divide o povo.

Diante da propagação da nova fé, o druida Merlin (que aqui é 50% um velho MUITO louco sarcástico e 50% um sábio) se empenha em uma busca pelos tesouros bretões, entre eles o Caldeirão Sagrado – objeto mágico poderoso, capaz de trazer de volta os antigos deuses e aniquilar os saxões e os cristãos (e que dá um trabalho desgraçado para ser encontrado e depois volta a ser um mistério).

Nesse meio tempo, Derfel, nosso querido protagonista -e um dos únicos personagens dessa história toda que eu realmente gosto – se casa com sua amada Ceinwyn (sim. alguns nomes são impronunciáveis e eu tenho até que consultar no livro para escrever aqui) e começa sua família.

Gostei bem dessa evolução pessoal de Derfel durante ‘O Inimigo de Deus’. Isso e a trágica história de amor de Tristão e Isolda (que não tem nada a ver com o filme, mas tudo bem) foram os pontos altos do livro, para mim.

Como eu AMO essa história, gente! (E choro muito, sempre. Chorei lendo aqui também)

Como eu AMO essa história, gente! (E choro muito, sempre. Chorei lendo aqui também)

” – Ah! Mas você não gostou do fato de Artur estar cada vez mais forte e ter sido aclamado Rei?”

Na verdade… não tanto. É legal, ok… mas eu já estava esperando essa hora, né galerê!

Sabe qual a minha impressão? Que por ter lido alguns volumes das ‘Crônicas Saxônicas’ ANTES de ler as ‘Crônicas de Artur’, estou achando a narrativa bem arrastada. Não dá pra dizer que é ruim, porque Cornwell é imbatível na arte de escrever sobre História inglesa. Mas em alguns momentos, confesso que “pesquei”.

É do meio para o final que fica realmente BOM. A leitura ganha um ritmo sinistro e você se empolga de vez com os personagens principais e, consequentemente, o desenrolar de suas tramas. Fiquei ainda mais à flor da pele com meus sentimentos em relação a alguns deles. Exemplos:

  • Desde ‘Brumas de Avalon’ eu detestava a Guinevere. Nessas ‘Crônicas de Artur’ então! Arrelia total!! A única qualidade redentora dessa mulher é o culto a deusa Ísis – que eu acho magnífica – e mesmo isso nela é extremamente duvidoso. Coitado do Artur e sua testa!
  • Artur me irrita pela “inocência” extrema. Ele é ‘frouxo’ em muitos momentos, um total idiota em outros e, na maioria das vezes, é uma marionete dos juramentos que ele mesmo fez ou inventou para que os outros fizessem. Ainda bem que não é ele contando, senãZzzzzzzzzzz
Preguiiiiiiça do senhor, Artur.

Preguiiiiiiça do senhor, Artur.

  • Lancelot é um completo filho da puta! Inescrupuloso, covarde, mentiroso, ardiloso! Odiei ele MUITO do início ao fim desse livro e achei um bem-feito ENORME a Ceinwyn largar ele “no altar” para ficar com o Derfel (e não. Isso não é spoiler).
  • Samsum é o tipo do clérigo que você quer que MORRA enforcado nas próprias tripas (Revolução Francesa eu, né? hahahaha). Sim. ele é outro que eu odeio demais! Só faz para ser víbora e desvirtuar toda a premissa amorosa e caridosa do verdadeiro Cristianismo.

Em resumo… Gostei, mas sou mais Crônicas Saxônicas. Vamos ver se o último volume –  “Excalibur” – faz as honras do nome e fecha bem a trilogia…

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